(Foto: Reprodução/Internet)
Cantor sertanejo na cidade de Colorado do Oeste teve prisão preventiva decretada ontem, quinta-feira, 07. O artista de 29 anos é acusado de “stalkear” e publicar ofensas nas redes sociais contra uma ex-namorada 14 anos mais velha.
A origem do termo vem do verbo em inglês “to stalk”. O ato de praticá-lo é o stalking, expressão muito utilizada ao se referir a caçadas e perseguições. Resumindo, stalkear é o ato de perseguir continuamente a uma pessoa como se ela fosse uma presa fugindo do predador, o stalker.
O jovem advogado Douglas Jordão Mazutti, que se especializou em direito digital, foi responsável por ligar os perfis falsos usados para desferir os ataques ao verdadeiro autor das publicações.
Dois anos atrás, após a mulher terminar o relacionamento, o cantor passou a infernizá-la, publicando ofensas graves contra a ela e o atual namorado. A ousadia do agressor era tamanha que ele entrava nas livres transmitidas pela igreja da ex e, usando perfis falsos, a humilhava publicamente com comentários ofensivos.
Por causa dos ataques, o atual namorado da vítima, que era ridicularizado pelos perfis fakes criados pelo acusado, ele acabou rompendo o relacionamento.
A vítima registrou queixa na polícia, denunciou o caso no MP e conseguiu na justiça uma medida protetiva. O acusado chegou a zombar da proibição de se aproximar da ex, e publicou o documento judicial em seu perfil verdadeiro numa rede social, dizendo que a denunciante iria sentir “o peso da mão de Deus”, por tentar incriminar “um inocente”.
Ao comentar o caso, o advogado explicou que, para chegar ao acusado, usou uma série de estratégias para identifica-lo como o verdadeiro operados dos perfis falsos usados no crime. O profissional do Direito alertou que, embora este tipo penal seja recente, ele está em vigor e pode levar à cadeia quem acredita na impunidade garantida pelo suposto anonimato nas redes sociais.