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Na manhã desta quarta-feira, 13, a Polícia Federal de Rondônia deflagrou a operação guardião uru, com o objetivo de prender preventivamente o principal suspeito da prática do homicídio do indígena Ari uru-eu-wau-wau.
Ari era integrante do grupo de vigilância indígena contra a exploração ilegal na região e era referência entre os indígenas. A vítima foi encontrada sem vida na manhã do dia 18 de abril de 2020, caído na margem esquerda da RO 010, no km 12, em Jaru (RO), apresentando lesões no pescoço e na cabeça.
De início a Polícia Civil de Jaru conduziu as investigações e, conforme o relatório parcial apresentado em 2020, sugeriu o declínio de competência para a Justiça Federal, tendo em vista que uma das linhas de investigação, apresentava que o motivo da morte tinha relação com divergências sobre venda ilegal de madeiras na reserva indígena, mas a autoria do crime ainda era incerta.
Após os tramites legais, a competência foi fixada junto à Justiça Federal no dia 26 de maio do ano passado e, a partir disso, os trabalhos investigados passaram a ser conduzidos pela Polícia Federal (PF) do estado.
A PF realizou como medidas iniciais, diversas diligências de campo, como técnicas investigativas especiais, entrevistas, oitivas, interlocução com servidores que atuaram no tempo dos fatos e, outras medidas, visando compreender os últimos passos de Ari.
Com o avanço das investigações foi possível chegar ao possível autor do crime que, segundo apurado, já possui suspeitas da prática de outros homicídios. Atualmente, ele está preso preventivamente pela prática de outra morte, ocorrida em aproximadamente 8 meses após o falecimento do indígena.
Na operação foi decretada nova prisão preventiva pela 3ª Vara Federal Criminal. A motivação do crime ainda será melhor esclarecida pela Polícia Federal de Ji-Paraná, que está à frente das investigações.